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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rock in Rio: e o rock?

Bom, como prometido os petulantes foram à cidade do rock, talvez naquele que foi o único dia de puro rock n roll, ou dia do metal, como preferirem. Assistimos a um show épico do Metallica, algo verdadeiramente incrível, uma perfeita sintonia de público e artista, parecia até que havíamos ensaiado para o espetáculo. Mas não quero falar disso, e sobre a estrutura e demais acontecidos todos devem ter visto na tv, logo já perdeu a graça. Desde o dia que voltei da cidade do rock e passei a acompanhar alguns shows pela tv, tenho me perguntado: E O ROCK?
Ao conversar com uma amiga sobre tal assunto, ela quase brigou comigo! Falou que eu era preconceituoso, cabeça fechada, chato, e completou dizendo que eu gostava mesmo é de implicar. Bom, quando se trata de falar mal do flamengo, ela estaria certa, mas vamos voltar os fatos: Rock in rio I - Queen, Barão Vermelho, AC DC, Whitesnake... Bom, acho até que fiquei sem fôlego, é muito rock n roll até pra falar. Todos sabem que as bandas internacionais não costumavam vir muito à América Latina, o Rock in Rio foi um divisor de águas quanto a esse assunto, ele praticamente "abriu as portas", e pela primeira vez o público poderia ver seus grandes ídolos ao vivo! Era um festival que já começava entre os maiores do mundo, e não porque foi muito bem feito, ou porque a rede globo apoiou, e sim porque aquele público faminto por rock n roll compareceu em peso, o evento se tornou o que é hoje, graças a um público que o fez dele assim. Imaginem um time de futebol de pequena torcida, raramente tem seus lampejos de grande, mas continuará sendo pequeno e sem expressão, mas ao ter uma grande e atuante torcida, ele também se tornará grande.
Nas últimas edições do festival o que vimos foi a entrada de bandas totalmente fora da essência do Rock in Rio, na minha sincera opinião, uma grande sacanagem! E o pior é que essas bandas e artistas foram entremeando pouco a pouco na estrutura da coisa, como se dissessem: quando vocês menos perceberem já tomamos seu lugar. E alguns deles ao serem vaiados só tem uma desculpa para o ocorrido: " antes de chegar aqui eles passam por lugares que representam Nova Iorque, eles só querem ver os gringos, isso que a gente faz é música brasileira".
A grande questão é: o Rock in Rio surgiu para suprir a falta de espaço para aqueles que a música inspira, satisfaz, trouxe um modo de vida, enfim, para aqueles que como eu, não consegue escutar outra coisa que não seja o rock n roll de qualidade. Minha conclusão: não é que não gostamos do que seja do Brasil, mas ritmos como MPB, AXÉ (até aqui nós chegamos), SERTANEJO, entre outros ritmos, já têm seu espaço, e como têm! Só aqui em Vitória deve ter micareta todo mês. Pior ainda é um festival que cresceu e ganhou nome em cima de um público, e hoje deita literalmente na fama, ao ponto de se sentir à vontade de atender aos anseios da grande mídia, pois não consigo ver outra explicação, e convencerei você leitor com um simples argumento: Você acha que se tirássemos o dia em que teve Claudia Leite, Katy Perry, Rihanna, e colocássemos apenas o AC DC e algumas outra bandas de rock n roll (poderiam ser até bandas sem expressão querendo ganhar seu espaço), o festival perderia força ou público? Bom, com certeza não.
Respondendo minha amiga: não é ser chato ou preconceituoso, é simplesmente ter cada coisa em seu lugar e não desrespeitar aqueles que fizeram deste festival o maior do mundo, apenas isso. Infelizmente o cenário não é favorável, sinto como se estivéssemos voltando ao velhos tempos em que o blues era uma música de locais fechados e pequeno público e o rock n roll estava surgindo. As grandes bandas estão ficando velhas, e o dia em que elas se forem, temo que a música irá com elas, pois não há nada de qualidade que as substitua, e nós nos sentiremos no delta do Mississípi,  em bares, nos cantos de rua, escutando a boa e velha música, até que surja um branco de alma negra, o Elvis da minha geração. Ps: sonhar não custa nada e nunca é demais, hahahahahahahahaha.

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