O blog TAVERNA DOS PETULANTES é formado por seis amigos, todos estudantes da Turma 85 do curso de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que tem como intenção escrever sobre variedades, ou seja, um espaço aberto, sem delimitações ou barreiras. Aqui você encontrará de tudo um pouco nas nossas colunas, onde cada um tem a liberdade de escrever sobre o que quiser. Mas nossa principal intenção é aumentar a voz de quem quer falar, não hesitando em nada. Somos jovens e livres, temos que aproveitar esses dois fatores, e temos como principal intenção levar a verdade ao leitor, menos do que isso não é decente. Como a TAVERNA DOS PETULANTES é um espaço aberto, sinta-se a vontade para opinar, criticar, colaborar, corrigir, elogiar (falar mal também), esse espaço é seu, leitor, somos apenas seus humildes e queridos empregados. Desde já agradecemos a todos que nos visitarem.

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sexta-feira, 25 de março de 2011

Ahhh, a comida.....

Gordon Ramsay. Sophie Dahl. Ratatouille. O primeiro é um dos mais brilhantes e premiados chef’s do mundo. A moça, uma adorável apresentadora que nunca sequer ganhou uma estrela Michelin. E por último, como se esquecer do azulado ratinho Remy de Ratatouille (o filme, não o prato) da Disney? Isso mesmo leitor. Deixe sua boca salivar bastante e a grelina circular desenfreadamente pelo seu corpo, pois aí vem comida pela frente. 


Confesso que estava sem um tema decente para inaugurar o blog, mas de repente tive um insight e logo decidi. Ia escrever sobre o poder da comida e da culinária. Mas vamos começar do começo. Gordon Ramsay é um notável chef escocês que ostenta 12 estrelas Michelin (um dos prêmios mais respeitados do mundo) e dono de uma rentável cadeia de restaurantes. Mas vendo um de seus programas, comecei a perceber o papel da culinária na vida das pessoas. Vi que chefs de todo o mundo (exceto no Brasil, ainda não tive o privilégio de conhecer um) respondiam a uma simples questão com a mesma resposta: Por que cozinhar? Porque cozinhar é a minha paixão. E Ramsay ensinava isso aos aprendizes: cozinhar não é profissão, é paixão. Na hora pensei: que retardado.

Sophie Dahl é uma moça britânica que possui um programa num canal chamado Fox Life. Um dia estava zapeando e lá estava ela, cozinhando. Aprendi com meu pai a sempre parar de trocar o canal em duas ocasiões: quando estiver passando algum jogo (e aí você verifica quem está jogando e o placar, e então já pode voltar a trocar) ou então alguém preparando alguma comida. Não resisti e assisti ao programa. Chama-se The Delicious Miss Dahl e consiste em apresentar vários pratos de acordo com o humor da pessoa naquele dia: egoísta, feliz, melancólico, sociável... Parece idiota, mas comecei a prestar bastante atenção e fui entendendo muito tempo depois o que Ramsay queria dizer: comida não é só pra matar a fome, mas um hobbie, um passatempo, uma diversão, uma paixão.

Remy é o protagonista de Ratatouille, filme da Disney. É um ratinho que tem como amigo o fantasma do mais famoso chef francês, Gusteau, e utilizando-se de seu paladar e olfato incríveis, se infiltra em um restaurante para cozinhar e descobrir o infinito mundo da criatividade na cozinha. O pequeno rato se delicia montando combinações de cores e sabores, uma mais esplêndida que a outra. Mas o que mais me chamou atenção é o que Gusteau dizia: qualquer um pode cozinhar. Na verdade, o que ele quis dizer é que nem todo mundo pode se tornar um grande cozinheiro, mas um grande cozinheiro pode surgir de qualquer um.E aí eu percebi o objetivo de cozinhar.

Quando juntei as três coisas que havia descoberto, vi um mundo novo e diferente. Vi que fazer uma refeição poderia ser mais que simplesmente ter uma dieta balanceada, ou comer aquele hambúrguer viciante. Vi que cozinhar (ou mesmo comer uma comida diferente num restaurante legal) era a válvula de escape, o hobbie. Aprendi a apreciar o que comia, afinal de contas, não é apenas um punhado de arroz e feijão, mas sim uma infinidade de sabores e prazeres. Todos aqui no blog têm uma rotina extenuante de aulas e provas, e nada mais justo do que uma vez por mês, no mínimo, comer algo diferente. Feito em casa mesmo, por mim, um cozinheiro medíocre; ou num restaurante italiano, ou mesmo numa churrascaria. Sei lá. O negócio é escapar da rotina, escapar do RU, escapar da marmita. Nada melhor que cozinhar batendo papo com os amigos, ou mesmo sozinho, desbravando um mundo completamente desconhecido por mim.
Falando nisso, prevejo um domingo com um delicioso e único camarão na manteiga, acompanhado com um arroz à grega e um vinho branco bem gelado (ou uma coca-cola mesmo). Só assim pra relaxar da prova de micro... Mas sem seguir receita da internet, porque o legal mesmo é criar, fazer experiência e descobrir algo que faça você também apreciar o que come.

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