Essa questão reflete-se, inclusive, na literatura. Todo ano surge pelo menos uma dezena de livros pré-fabricados, como se fosse uma linha de montagem e de “fast-food”. Quantos livros aos moldes de “O Código da Vinci” surgiram? Muitos. E olha que Dan Brown é, no máximo, um escritor mediano; o diferencial dele reside em fazer tramas que rendem muito em sua conta bancária. E a saga “Crepúsculo”? Isso se tornou uma febre entre as crianças e os adolescentes! Ou se achar melhor, uma praga... “Bem, pelo menos esses autores estão milionários”, alguns de vocês devem estar pensando. De fato estão, parabéns a eles, conseguiram o que queriam. Com efeito, livros desse tipo estouram, são os mais vendidos, os mais lidos, os mais badalados. Então, para que alguém escreverá algo realmente bom se as vendas não serão suficientemente boas? Além disso, muitas editoras preferem investir em escritores medianos, cujas tramas são envolventes e de fácil digestão, a escritores reflexivos, mais complexos. Essa é a era do “fast-food” literário! Para quê comer algo orgânico se temos um Mc Donald’s na esquina? Para quê ler Guimarães Rosa se podemos ler “Crepúsculo”? É tão mais fácil, é tão mais na moda. As pessoas não desejam livros que induzem raciocínio, que sejam muito descritivos, cuja trama desenrola lentamente e, ao mesmo tempo, tão bem amarrada e rica em detalhes. Isso explica o fato de, por exemplo, a monumental obra de Proust, “Em Busca do Tempo Perdido”, não ser devidamente apreciada, mesmo sendo considerado um dos livros mais bem feito pelo gênero humano. Desse modo, o sonho de consumo desta Era é, entre outros, os livros caricatos de Dan Brown; a bobinha saga vampiresca na qual há um vampiro bonzinho que arranca suspiros enamorados das tolas leitoras; e os livros vazios de Paulo Coelho.
O blog TAVERNA DOS PETULANTES é formado por seis amigos, todos estudantes da Turma 85 do curso de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que tem como intenção escrever sobre variedades, ou seja, um espaço aberto, sem delimitações ou barreiras. Aqui você encontrará de tudo um pouco nas nossas colunas, onde cada um tem a liberdade de escrever sobre o que quiser. Mas nossa principal intenção é aumentar a voz de quem quer falar, não hesitando em nada. Somos jovens e livres, temos que aproveitar esses dois fatores, e temos como principal intenção levar a verdade ao leitor, menos do que isso não é decente. Como a TAVERNA DOS PETULANTES é um espaço aberto, sinta-se a vontade para opinar, criticar, colaborar, corrigir, elogiar (falar mal também), esse espaço é seu, leitor, somos apenas seus humildes e queridos empregados. Desde já agradecemos a todos que nos visitarem.
Para uma melhor visualização do blog não utilize o Internet Explorer, pois ele bloqueia misteriosamente nossa foto de abertura. Obrigado!
Siga-nos no twitter: @ospetulantes
Contato: tavernadospetulantes@gmail.com
quinta-feira, 24 de março de 2011
A Era da Auto-Ajuda e dos “Fast-Foods” literários
Essa questão reflete-se, inclusive, na literatura. Todo ano surge pelo menos uma dezena de livros pré-fabricados, como se fosse uma linha de montagem e de “fast-food”. Quantos livros aos moldes de “O Código da Vinci” surgiram? Muitos. E olha que Dan Brown é, no máximo, um escritor mediano; o diferencial dele reside em fazer tramas que rendem muito em sua conta bancária. E a saga “Crepúsculo”? Isso se tornou uma febre entre as crianças e os adolescentes! Ou se achar melhor, uma praga... “Bem, pelo menos esses autores estão milionários”, alguns de vocês devem estar pensando. De fato estão, parabéns a eles, conseguiram o que queriam. Com efeito, livros desse tipo estouram, são os mais vendidos, os mais lidos, os mais badalados. Então, para que alguém escreverá algo realmente bom se as vendas não serão suficientemente boas? Além disso, muitas editoras preferem investir em escritores medianos, cujas tramas são envolventes e de fácil digestão, a escritores reflexivos, mais complexos. Essa é a era do “fast-food” literário! Para quê comer algo orgânico se temos um Mc Donald’s na esquina? Para quê ler Guimarães Rosa se podemos ler “Crepúsculo”? É tão mais fácil, é tão mais na moda. As pessoas não desejam livros que induzem raciocínio, que sejam muito descritivos, cuja trama desenrola lentamente e, ao mesmo tempo, tão bem amarrada e rica em detalhes. Isso explica o fato de, por exemplo, a monumental obra de Proust, “Em Busca do Tempo Perdido”, não ser devidamente apreciada, mesmo sendo considerado um dos livros mais bem feito pelo gênero humano. Desse modo, o sonho de consumo desta Era é, entre outros, os livros caricatos de Dan Brown; a bobinha saga vampiresca na qual há um vampiro bonzinho que arranca suspiros enamorados das tolas leitoras; e os livros vazios de Paulo Coelho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário