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quinta-feira, 24 de março de 2011

Internet: é melhor morrer seu amigo do que seu inimigo


THOMAZ ZEFERINO
Começarei o texto com uma frase do presidente da Google, Erick Schmidt: “Quem diz que o Google, Facebook ou Twitter foram responsáveis pela revolução no Egito, incide num erro e comete uma injustiça. Celulares, redes sociais, sites da internet, são apenas isto: FERRAMENTAS”. Hum... Não concordo com ele. Primeiro sua frase é controversa, pois afirma que a rede é uma “ferramenta”, e com o que trabalhamos e realizamos atividades todos os dias? Com a ajuda das “ferramentas”. Ao mesmo tempo em que afirma seu ponto de vista, logo em seguida o contradiz, meu Deus, que confusão! O acesso à informação é essencial para tudo, inclusive de muito valor quando se quer derrubar governos corruptos e ditatoriais como os que vimos sendo combatidos, nos últimos dias. Tenho certeza que o WikiLeaks mudou muito o modo como um povo vê os seus governantes, e tenho certeza que afetou muitas relações entre, principalmente, as grandes nações(alô, alô EUA, HAHAHA). Infelizmente nosso bem feitor, Julian Assange, foi tirado de campo, espero que por enquanto. Mas é visível o poder da internet nos últimos acontecimentos.

Não por acaso, Tunísia faz fronteira com Líbia, que por sua vez faz fronteira com Egito (vamos deixar o Barein de lado, esses três são suficientes para entender a questão). Começa uma revolução no Egito, o povo vai para as ruas, briga por seu direito de voto, por seu direito de escolha, por sua liberdade de expressão, o mundo está vendo o que está acontecendo (internet e redes sociais estão presentes aqui) graças ao acesso à informação. O governo tenta cortar as comunicações (será porque?), mas esquecem do acesso à rede não mediado por fios (Hum, Steve Jobs, você também é culpado!). Os governantes hesitam em reprimir a situação, com força bruta é claro (ninguém quer sofrer como Saddam sofreu, pobre coitado), a cada dia que passa o povo vai com mais força repelir a suprema autoridade, Hosni Mubarak. O mundo continua vendo (internet, aí está você). Hosni não irá causar um massacre para passar na CNNLive(escritor, olha eu aqui de novo, sua amiga internet), o povo se sente protegido de alguma forma e continua sua luta, para enfim, fazer Mubarak pegar um vôo para a ilha de Elba, viver feliz e escondido para sempre. Interessante, em quantas situações nossa amiga internet esteve presente, de forma atuante, preservando (mesmo que indiretamente) fisicamente um povo, e mostrando toda sua luta pelo que é seu (tenho certeza que se nós não tivéssemos assistindo a tudo, Mubarak teria feito um pequeno massacre, matando alguns muitos egípcios).
O vizinho do lado reflete e pensa: porque aqui não seria diferente, se a situação em que estamos é semelhante? Mais uma vez a informação chega rapidamente aos lares dos libios, graças com certeza à grande rede, pode não ter sido crucial, mas foi fantástica, e coincidência ou não, ao mesmo tempo. Mas como todos já sabem, Muamar Kadafi, não é dos mais normais, diria que um pouco louco. Resultado: está literalmente levando bomba nas costas, de certos países, que eram seus aliados, pois é feio a quem tem poder não ajudar aqueles que precisam (para o leitor desatento, estou dando uma leve “cutucada” nos EUA), e a pressão mundial é tremenda!!!(porque? Porque todos estão vendo, graças a ela, nossa querida grande rede!).
Antes da era da informação, as pessoas ficavam sabendo das guerras muito depois delas terem começado, e sabia aquilo que convinha saber. Hoje, celulares, câmeras, notebooks, tablets, e os demais aparelhos, estão em qualquer lugar, a qualquer hora, e todos interligados pela internet, com o advento das redes sociais. Não é mais possível limpar a sujeira para debaixo do tapete, a informação não quer mais andar de carro ou navio, ela é exigente, quer primeira classe. Fico pensando se as redes socias, Internet e Assange, existissem a mais tempo, talvez muitas guerras tivessem sido evitadas ou encurtadas. Ah, e não esquecendo de nosso amigo Erick, citado no início do texto, espero que reveja um pouco sua opinião. Vou tentar mandar o texto pra ele, quem sabe...
Tremam demais ditadores, tremam por suas vidas, seus reinados de mentira, sua contas bilionárias, seus luxos intermináveis, pois, tenho convicção que irão acabar. Só há uma solução, matem a rede, como isso é impossível, o melhor caminho é a aposentadoria. Mais uma vez reafirmo, é melhor morrer amigo da grande rede, do que seu inimigo.
Ps: espero que Kadafi não leia esse texto (pois quero escrever outros). Infelizmente isso não é possível, basta ter um aparelho menor que a palma das mãos (ah Jobs, se me acontecer algo te processo) e conexão sem fio, pois tal texto foi feito para estar em um blog - TAVERNA DOS PETULANTES - (hospedado na querida INTERNET) muito interessante, que entra no ar hoje, e agradece a todos que o visitarem e lerem seus textos. OBRIGADO!

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